INTRODUÇÃO
Nas
últimas décadas, a Idade Média tem suscitado um interesse crescente. Desde os
anos 50, aproximadamente, os estudos medievais conquistaram um posto de honra
na historiografia, razão pela qual têm sido amplamente divulgados no Brasil;
mas essa curiosidade já extrapolou os restritos círculos acadêmicos. Esse
interesse é bem compreensível, pois falar da Idade Média é de certa forma,
falar de nós mesmos. Ela representa o longo período de gestação no qual foi
criado o mundo moderno: as atuais nações europeias, das quais derivamos,
juntamente com suas respectivas línguas e literaturas, é parte do legado
medieval. Nosso quotidiano está repleto de inovações surgidas naquela época,
como as universidades, os o carnaval, que atingiu seu ápice nessa época-, etc.
Devemos à Idade Média também a origem dos modernos sistemas de representação
política e os fundamentos da mentalidade científica que caracterizam a
civilização ocidental.
CARNAVAL NA IDADE MÉDIA – A FESTA DOS
LOUCOS
Segue
uma coletânea de informações sobre o Carnaval na Idade Média, para ser usado
com alunos do ensino fundamental e Médio. O texto trata da Festa dos loucos.
Para
garantir a expansão do Cristianismo durante os últimos séculos de existência do
Império Romano e na Idade Média, a Igreja foi forçada a consentir com a prática
de certos costumes pagãos. O Carnaval acabou sendo permitido, o que serviu como
“válvula de escape” diante das exigências impostas aos medievos no período da
Quaresma.
Na
Idade Média, o Carnaval passou a ser chamado de “Festa dos Loucos”, pois o
folião perdia completamente sua identidade cristã e se apegava aos costumes
pagãos. Na “Festa dos Loucos”, tudo passava a ser permitido, todos os
constrangimentos sociais e religiosos eram abolidos. Disfarçados com fantasias
que preservava o anonimato, os “cristãos não convertidos” se entregavam a
várias licenciosidades, que eram, geralmente, associadas à veneração aos deuses
pagãos.
Promovidas
pelo baixo clero, são testemunhadas desde o final do século XII até ao do
século XVI. Nelas se elegia, entre os subdiáconos, e a exemplo das Saturnais e
dos vários reis carnavalescos, um “dominus festa”, um soberano da festa,
vulgarmente designado como “Bispo” e, por vezes, “Papa dos Loucos”, o qual
assumia toda a autoridade durante o período dos festejos.
“Padres
e clérigos podem ver-se usando máscaras e aparências monstruosas nas horas do
ofício. Dançam no coro vestidos de mulheres, lacaios ou menestréis. Cantam
canções licenciosas. Comem chouriços pretos no altar enquanto o oficiante diz a
missa. Jogam aí aos dados. Incensam com um fumo fétido procedente da sola de
sapatos velhos. Correm e pulam pela igreja, sem corar da sua vergonha. Viajam
finalmente pela cidade e seus teatros em miseráveis carruagens e carroças; e
suscitam o riso dos seus companheiros e circunstantes através de representações
infames, com trejeitos indecentes e versos torpes e libertinos”.
No
Carnaval medieval vivia-se uma vida ao contrário. A vida oficial – religiosa,
cristã, casta, disciplinada, reservada, etc. – era trocada pela vida não
oficial – a pagã e carnal. O sagrado que regulamentava a vida das pessoas era
profanado e as pessoas passavam a ver o mundo numa perspectiva carnavalesca, ou
seja, liberada dos medos e da ética cristã.
É
importante ressaltar que as manifestações carnavalescas da Idade Média eram
fundamentalmente vividas, não meramente assistidas por um público. Por isso o
Carnaval deste período não é compreendido como um espetáculo, mas antes como
uma manifestação. Essa manifestação acontecia em um espaço onde era criado um
segundo mundo regido pela lei da liberdade, um mundo entre a vida e a arte.
O
Carnaval era uma segunda vida, baseada no riso e na festa. Nas festividades
carnavalescas, as pessoas burlavam a vida oficial, com suas hierarquias, tabus,
valores políticos ou morais.
Os
bufões e bobos são personagens características da cultura cômica da Idade
Média. Os bufões e bobos não eram atores que desempenhavam seu papel no palco.
Situavam-se entre a vida e a arte A loucura no bufão era uma paródia do
espírito oficial, convencional.
Na
Quaresma, todos os cristãos eram convocados a penitências e à abstinência de
carne por 40 dias, da quarta-feira de cinza até as vésperas da páscoa. Para
compensar esse período de suplício, a Igreja fez “vistas grossas” às três
noites de carnaval.
Com
a chegada da Idade Moderna, a “Festa dos Loucos” se espalhou pelo mundo afora,
chegando ao Brasil, ao que tudo indica, no início do século XVII. Trazido pelos
portugueses, o ENTRUDO – nome dado ao carnaval no Brasil – se transformaria na
maior manifestação popular do mundo e, por tabela, numa das maiores adorações
aos deuses pagãos do planeta.
Segue
uma coletânea de informações sobre o Carnaval na Idade Média, para ser usado
com alunos do ensino fundamental e Médio. O texto trata da Festa dos loucos.
O CARNAVAL EM BRUMADO
O
carnaval é uma das mais tradicionais festas em Brumado, que por sua vez,
remonta sua genealogia à festa dos loucos. Hoje o carnaval é uma grande festa
que envolve interesses políticos, dinheiro, poder e muita liberdade de expressão.
CARNAVAL DE BRUMADO_ FESTA DO PIJAMA (
CLUB SOCIAL DE BRUMADO)
FONTES:
BORGES,
Paulo Alexandre. Da loucura da cruz à festa dos loucos: loucura, sabedoria e
santidade no cristianismo (2001) Disponível em:
http://religioes.no.sapo.pt/pborges2.html.
CARNEIRO,
Eduardo de Araújo, CARNEIRO, Egina Carli de Araújo Rodrigues. Carnaval: de
culto pagão à festa popular. Disponível em:
http://www.duplipensar.net/artigos/2007s1/historia-do-carnaval-de-culto-pagao-festa-popular.html,
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bem loco
ResponderExcluirMuito enderecante
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